VANESSA
Da
mesma forma que Colunista da Folha, Barbara Gancia se diz assustada com
o “sangue nos olhos” dos que pregam punição exemplar aos réus da Ação
Penal 470, eu fico assustada com a maneira como estivemos tratando
alguns candidatos para a eleição da nossa cidade. eu me incluo nisso
porque muitas vezes fui, como muitos, puxada pelo trem que parece nao se
importar por cima de quem passa. SANGUE NOS OLHOS, é isso mesmo. nao
quero mais isso nem para mim, nem para população de Manaus.
Falamos nos
outros, como se nós não fizessemos parte da mesma população e isso assusta e me
lembra a personagem de Dostoievski em Recordações da Casa dos Mortos,
que refletindo sua sorte que o levara ao presídio se dá conta que
ao falar dos marginais, dos bandidos, dos perdidos estamos sempre
nos colocando como observadores, olhando como que de soslaio uma realidade que em nada nos diz respeito, quando na verdade podemos fazer parte
desse meio e sermos tão merecedores de desagravos quanto eles são de
respeito e consideração.
Não chamemos a população menos letrada ou menos
favorecida de MASSA, porque estaremos subestimando a nós mesmos. Eles,
somos nós. Fazemos parte da mesma urbe, temos as mesmas necessidades,
esperanças, dores, alegrias e espectativas. O gari, o professor, o
médico, o político, o que goza de boa saúde, o que definha prostrado numa cama, o que sempre acerta, o que erra em acões, pensamentos e
escolhas, dentre tantos outros. Nenhum é mais ou menos importante para
quem for governar a nossa cidade. pelo menos é o que se espera de um
estadista. é por isto que eu defendo a candidatura da Senadora Vanessa. Ser um diplomata vai muito mais além do mero título ostentado, alias diplomata que é diplomata não precisa ostentar nada. porque a diplomacia está nas ações, nas atitudes, no caráter, nos habitos que solidificam um destino que nada mais é do que a própria vida que se leva.
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