sexta-feira, 12 de outubro de 2012

VANESSA

Da mesma forma que Colunista da Folha, Barbara Gancia se diz assustada com o “sangue nos olhos” dos que pregam punição exemplar aos réus da Ação Penal 470, eu fico assustada com a maneira como estivemos tratando alguns candidatos para a eleição da nossa cidade. eu me incluo nisso porque muitas vezes fui, como muitos, puxada pelo trem que parece nao se importar por cima de quem passa. SANGUE NOS OLHOS, é isso mesmo. nao quero mais isso nem para mim, nem para população de Manaus. 
Falamos nos outros, como se nós não fizessemos parte da mesma população e isso assusta e me lembra a personagem de Dostoievski em Recordações da Casa dos Mortos, que  refletindo sua sorte que o levara ao presídio se dá conta que ao falar dos marginais, dos bandidos, dos perdidos estamos sempre nos colocando como observadores, olhando como que de soslaio uma realidade que em nada nos diz respeito, quando na verdade podemos fazer parte desse meio e sermos tão merecedores de desagravos quanto eles são de respeito e consideração.
Não chamemos a população menos letrada ou menos favorecida de MASSA, porque estaremos subestimando a nós mesmos. Eles, somos nós. Fazemos parte da mesma urbe, temos as mesmas necessidades, esperanças, dores, alegrias e espectativas. O gari, o professor, o médico, o político, o que goza de boa saúde, o que definha prostrado numa cama, o que sempre acerta, o que erra em acões, pensamentos e escolhas, dentre tantos outros. Nenhum é mais ou menos importante para quem for governar a nossa cidade. pelo menos é o que se espera de um estadista. é por isto que eu defendo a candidatura da Senadora Vanessa. Ser um diplomata vai muito mais além do mero título ostentado, alias diplomata que é diplomata não precisa ostentar nada. porque a diplomacia está nas ações, nas atitudes, no caráter, nos habitos que solidificam um destino que nada mais é do que a própria vida que se leva.